domingo, 9 de agosto de 2009

Educação Infantil - 09/08/09

Quase um aninho, hora do poderoso Não!





Ele jogou o suco no chão e pulou em cima? Antes de pensar em sua criança como uma vilã de 9 meses que pretende irritá-la, considere que fazer distinções entre certo e errado não está entre as habilidades de um bebê tão novo. E ninguém melhor do que os pais para ensiná-lo desde cedo. As ousadias que realmente embutem um perigo, como mexer em tomadas, ferro de passar roupa ou panelas quentes, merecem atenção constante e ação educativa imediata. Se ele está no topo da escada, prestes a cair, tire-o dali e seja firme. Use um tom de voz grave e mantenha as feições sérias para dar peso ao "não". Explicações elaboradas não funcionam nessa idade. Se quiser, justifique a intervenção com uma ou duas palavras que a criança entenda - por exemplo: "Não. A panela queima".Mas, se bastou seu filho ganhar um pouco mais de mobilidade para que a palavra "não" começasse a ecoar muitas vezes por dia na sua casa, talvez seja hora de você avaliar se não está exagerando nos cuidados e expectativas. "Há mães tão protetoras que calçam luvinhas no bebê para ele não sujar as mãos ao engatinhar", conta a psicóloga Vera Ferrari. Outras tentam evitar a qualquer custo que ele coloque as mãos na boca. E há as que esperam que ele se comporte como um adulto diante das visitas e à mesa. O resultado é uma seqüência interminável de reprovações e, no futuro, uma pessoa com medo de ousar. "Em um ambiente tão restritivo, qualquer novidade parece uma transgressão para a criança. O risco é ela começar a recuar diante de situações novas. Essa atitude, de compasso de espera, pode se perpetuar", alerta Vera Ferrari.Por isso, convém não dar ênfase à sujeira que o bebê faz enquanto experimenta levar a colher à boca sozinho. Nas situações de aprendizado, a melhor atitude é a de apoio a cada conquista. Gestos e palavras de incentivo têm tanto poder quanto um "não" bem empregado. "Vale tudo para demonstrar aprovação: bater palmas, sorrir, abraçar, comemorar, elogiar. Essas são atitudes que educam positivamente", ensina a psicopedagoga Léa Albertoni.







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