Ataque a celulite, já!
Você tem celulite? Se a resposta for negativa, é bom começar a se prevenir, pois esse é um daqueles males que quem não tem, infelizmente, um dia terá. E não se trata de nenhum tipo de mau agouro, a questão é que os indesejáveis furinhos parecem já fazer parte do universo feminino. Muitos nem são perceptíveis a olho nu, mas é só apertar a pele que eles estão lá, espalhados pelo bumbum, coxas e culotes - de gordinhas e magrinhas. E, apesar de o problema ainda não ter cura, a boa notícia é que a ultima geração de tratamentos estéticos e de cremes é capaz de atenuar - e muito - o aspecto casca de laranja. "Mas tudo isso só será realmente vantajoso se a paciente tomar a iniciativa de mudar os hábitos. E isso significa olhar com mais atenção para a alimentação e banir do cardápio aquilo que faz mal, bem como praticar atividade física regularmente", alerta a dermatologista Ana Lúcia Récio (SP), das sociedades Brasileira e Americana de Dermatologia. A atenção da médica tem fundamento, afinal, o que se sabe a respeito da celulite é que ela varia de acordo com cada pessoa e depende tanto de fatores externos (sedentarismo, fumo, estresse e má alimentação) como internos (predisposição genética, má circulação sangüínea, alteração hormonal, principalmente a do estrógeno - hormônio feminino responsável pelo acúmulo de gordura e retenção de líquidos).
Livre-se das ondulações
Identifique o seu grau de celulite e o que fazer em cada caso:
Grau 1 - Não há ondulações visíveis, mas a celulite aparece quando se comprime o local. "A drenagem linfática manual, feita semanalmente, e massagens em casa com cremes anticelulite ajudam a solucionar o problema", orienta o cosmiatra Jardis Volpe (SP), da Sociedade Brasileira de Laser.
Grau 2 - Embora discretas, as ondulações são visíveis sem a necessidade de pressão. Por isso, além da drenagem linfática, podem se associar técnicas como o ultra-som, que ajuda a eliminar as toxinas e a destruir os pequenos acúmulos de gordura nas células; ou a carboxiterapia (aparelho que libera gás carbônico medicinal no tecido subcutâneo). "Ela melhora a vasodilatação e a circulação sangüínea, atenuando assim o aspecto da celulite", diz Jardis Volpe. Outra opção que garante um bom resultado tanto para a celulite grau 2 como a 3 é o Manthus. "O equipamento reúne três geradores de ultra-som. As ondas ultra-sônicas derretem a gordura, que são excretadas pelo organismo através da drenagem linfática", garante Ana Lúcia.
Grau 3 - A celulite costuma estar acompanhada de gordura localizada e flacidez. Os inchaços e nódulos são visíveis a olho nu. Nesse caso, são indicadas técnicas como a drenagem linfática, o ultra-som e a carboxiterapia. No entanto, desde que chegou ao Brasil, no ano passado, o VelaShape tem sido motivo de filas de espera nos consultórios dermatológicos, graças à sua eficácia no combate à celulite em todos os graus. "O aparelho combina dois métodos: laser infravermelho e radiofreqüência, que unidos à massagem a vácuo fazem do equipamento o mais eficiente tratamento contra a celulite", diz o dermatologista Marcelo Bellini, da Clínica Corpo em Evidência, e professor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SP).
Grau 4 - Tem as mesmas características do grau 3, mas com maior intensidade, pois a pele apresenta depressões. "Para casos mais severos de celulite, o VelaShape mostra resultados bastante satisfatórios", afirma a dermatologista. "Ao aquecer a pele a 40 graus, o aparelho estimula a formação de novas fibras colágenas e contrai as fibras elásticas já existentes. Com isso, elimina-se também a gordura localizada", garante a dermatologista Ana Lúcia Récio.
Quantas sessões fazer
Drenagem linfática e ultra-som: mínimo de 10 sessões. Preço médio do pacote: R$ 500.Carboxiterapia: são indicadas, em média, 20 sessões. Preço por sessão: cerca de R$ 80.Manthus: são recomendadas, em média, 20 sessões. Cada uma custa entre R$ 100 e R$ 150. VelaShape: de 12 e 16 sessões. O pacote, por região tratada, custa em média R$ 5 mil.
Cardápio aliado
Tão importante quanto o tratamento estético e os exercícios é estar de olho naquilo que você põe no prato. Dentre os vilões da alimentação que contribuem para o aumento dos furinhos, os destaques são: o sódio (o excesso de sal aumenta a retenção de líquidos), os carboidratos refinados (produtos feitos com açúcar comum e/ou farinha de trigo branca, porque se transformam em gordura no organismo), os enlatados e os embutidos, além dos produtos feitos com gordura saturada e trans (frituras, carnes gordurosas e biscoitos recheados). O próximo passo é incluir no cardápio ingredientes que controlam e previnem o mal. "Existem alimentos que ajudam a limpar o organismo, melhorando a circulação sangüínea", garante Socorro Giorelli, nutróloga, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). "A alimentação ideal deve ser rica em líquidos (no mínimo, 2 litros de água), fibras (legumes, verduras e frutas), carboidratos complexos (arroz, pães, biscoitos e massas integrais) e proteína magra (carne, frango sem pele e peixe)", orienta.
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